História do Zé do X
Como já sabemos, a Paraíba é o berço maior do Brasil de tocadores de 8 baixos e como todo amante do assunto sabe, foi de lá que saíram Abdias, Adolfinho, Zé Calixto e companhia e de fato, é da Paraíba os grandes nomes quando o assunto é forró em geral, e hoje vamos falar de mais um sanfoneiro que também é dessa terra e que corrobora com tudo o que dissemos até aqui.
E esse sanfoneiro em questão de habilidade e versatilidade não deixa nada a desejar os citados logo acima, surgido em uma época em que todos os sanfoneiros de 8 baixos do Brasil partiram para o Rio de Janeiro buscando um lugar ao sol ao ver sanfoneiros brilharem como Gerson Filho, Severino Januário, Zé Calixto e Abdias despontarem e brilharem no cenário nacional da música, despertando o sonho de alguns que encontrava-se no ostracismo que também eram bons, a buscarem a gravar também os seus discos e um desses foi José Alves da Cunha e obvio que por esse nome dificilmente alguém saberia que estou falando do Zé do X.
Então trocando uma cabra e um cabrito por um fole de 8 baixos furado tendo esse então que fazer vários remendos, Zé do X partiu para o Rio de Janeiro sem recursos financeiros mas com muita vontade de vencer e chegando lá esse por sua vez fez várias audições no programa "Alvorada Sertaneja" foi lá que Zé do X teve a oportunidade de mostrar toda a sua competência na execução desse instrumento e essas informações estão contidas na contra capa do Lp "Um Paraibano em 8 Baixos" tendo esse então morado no Rio de Janeiro e conseguido gravar alguns Lp's totalizando ao todo 10 Lp's onde podemos constatar toda a sua qualidade ao manobrar os 8 Baixos e foi com muita honra que colocamos essa figura na calçada de ouro de oitobaixistas que por essa terra passou.
Autor do artigo: Tiago Abrantes de Oliveira
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