Gravadora: CBS
Ano: 1971
Estilo: Forró
Faixa 01 Pra Não Morrer de Tristeza
Mulher,
Deixaste a moradia
Pra viver de boemia
E viver nos cabarés
E eu pra não morrer de tristeza
Me sento na mesma mesa mesmo sabendo que és
E hoje nos vivemos de bebida
Sem consolo sem guarita
No mundo enganador
Quem era eu,
Quem era tu
Quem somos agora,
Companheiros de outrora,
Inimigos do amor
Faixa 02 Minha Ex-mulher
Coitada, da mulher que já foi minha
hoje vive tão sozinha
perambulando nas ruas
ninguém lhe ama
ninguém lhe quer
e como sofre minha ex-mulher
não acreditou em seu marido
Perdeu o lar
Levou castigo
Deus vê tudo o que se passa neste mundo
E o sofrimento desta mulher é profundo
Faixa 03 Prefiro A Bohemia
Boemia, aqui me tens de regresso
E suplicante te peço a minha nova inscrição
Voltei pra rever os amigos que um dia
Eu deixei a chorar de alegria, me acompanha o meu violão
Boemia, sabendo que andei distante
Sei que essa gente falante vai agora ironizar
Ele voltou, o boêmio voltou novamente
Partiu daqui tão contente por que razão quer voltar
Acontece que a mulher que floriu meu caminho
De ternura, meiguice e carinho, sendo a vida do meu coração
Compreendeu e abraçou-me dizendo a sorrir
Meu amor você pode partir, não esqueça o seu violão
Vá rever os teus rios, teus montes, cascatas
Vá sonhar em nova serenata e abraçar seus amigos leais
Vá embora, pois me resta o consolo e alegria
De saber que depois da boemia
É de mim que você gosta mais.
Faixa 04 Mocidade Que Perdi
Você que viu meus olhos marejados
Refletindo a grande magoa
De tudo o que sofri
Atesto com meus olhos rasos d'água
Maldita hora que lhe conheci
Examinei a minha consciência
E na flor da inocência, Me apaixonei
Por você que não teve coração
Hoje na desilusão
Confesso que errei
Encontro hoje na maturidade
Invejando a mocidade
Que vive alegre a sorri
Eu pagaria ate com a própria vida
Quem me devolvesse a mocidade que perdi
Faixa 05 Ninguém gosta de ninguém
Sentada na mesa de botequim
Chorando e falando em meu nome
Quem é ela agora e o que foi pra mim
Só eu sei senhores como ela foi ruim
Só ria, fingia me querer bem
E eu como louco acreditei
Eu sei já foi dito ninguém é de ninguém
Mas eu repito que ninguém gosta de ninguém
Se ela chora, é remorso
Se ela implora eu não posso dar
Carinho eu já dei
Outra quero bem
Sabendo que ninguém gosta de ninguém
Faixa 06 Seu Dia Chegará
Quando ela passa ele diz que Dona boa
Não sabe ele que ela já foi minha patroa
Se ele soubesse como é o seu coração
Deixava de lado, não queria ela não
Mais acontece que hoje ele vive com ela
Tenho certeza que ele não vai se acostumar
Eu tenho pena daquele infeliz coitado
Pois aquela mulher não sai da mesa de um bar
Antes na guerra quem planta vai colher
Tenho certeza que o seu dia chegará
Isso não é praga, sim, mas Deus ta vendo
Vai morrer bebendo na calcada de um bar
Faixa 07 Pra Não Me Matar de Dor
Não diga mais que me ama
pra não me matares de dor
já me deixaste na lama
pra que bebida
se bebo estou
Noa diga mais que me ama
Deixe-me seguir a esmo
Quero me enganar só a mim mesmo
Quando precisares de um pão te servirei
Quando precisares do abrigo te darei
Só não quero é que faças mais judiação
Pra não magoar meu coração
Faixa 08 Vou Doar Meu Coração
Lhe dou meu coração
eu quero ser o doador
não posso mais viver
com tanta magoa
o que sobrar de mim
posso doar também
ate meus olhos rasos d'água
Não creio que este mesmo coração
No peito de outro alguém volte a bater feliz
E assim também meus olhos rasos d'água
Viveram cheios de magoa e a chorar por quem não lhe quis
a tanto pranto nos meus olhos
meu coração tem tanto amor
talvez eu não sirva para ser um doador
Faixa 09 Fraguei
Arruma os seus cacarecos
De mansinho
Vai saindo de fininho
Pra vizinhança não ver
Você era infiel e eu já sabia
Mas tava esperando o dia que eu possa vê para crer
Fraguei, mas não lhe farei nenhum mal
Mas você merecia a primeira página do pior jornal
Vai procurar o amor que você escolheu pra fazer-me essa traição
Escondido é roubado, vai matar essa paixão
Faixa 10 Nunca Mais Hei de Beber
Meu grande amor
Eu estou arrependido
Eu de a ter ferido
O seu pobre coração
Que ingratidão
Se você esta sofrendo
Eu também to padecendo
Nessa triste solidão
Se hoje eu sofro
Eu mesmo sou o culpado
Mas eu já fui castigado
E vou te pedir perdão
Da gratidão que fui fazer
Se você me perdoar
Eu vou me regenerar
E nunca mais hei de beber
Faixa 11 Não Posso Lhe Perdoar
você, a mulher que eu mais amava
me abandonou
e com outro foi embora
eu agoeei o meu pé de cada espera
e hoje pra voltar você me implora
me abandonou sem motivo e sem razão
a maior ingratidão
e fez sem eu esperar
pode seguir, seu caminho ignorado
eu me sinto envergonhado
não posso lhe perdoar
Faixa 12 Tarimba de bambú
Tua vida todo mundo vai saber
Seu passado neste samba vou contar
Vou falar do lugar onde lhe encontrei
Como vivia, ai meu Deus ai que lugar
Sua casa era coberta de sapê
Tua cama uma tarimba de bambu
Você se encontra hoje no apogeu
Ta esquecendo ate do lugar onde nasceu
Hoje vive num castelo encantado
Procurando esquecer
O seu passado
Do lodo você nasceu
E por lodo voltara
Pra casa de sape que vive a lhe esperar
Eu conheço bem a sua historia
Pra mim você não pode contar gloria
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